3.04.2010

14/07/2009

02:02
Nos poucos graus de uma segunda-feira particularmente escura, encontro-me com a vã lembrança de um cheiro dominando meus desordenados pensamentos e bloqueando por completo qualquer tentativa de concentração. Mas a inspiração, bem, a inspiração vem da cruel frustração de conhecer os meus erros e não ter a coragem de admiti-los, muito menos, corrigi-los.
Não tenho muita certeza do motivo desse texto. Tudo que eu sei, de fato, é que eu tenho tantas idéias e frases (que formulei nos últimos quatro anos) fervilhando em minha testa que senti uma vontade estranha, confesso, de colocá-las em algum lugar.
Se pareço estar pensando demais nas palavras, peço desculpas, e explico que tô tentando apenas ordenar as idéias pra que a coisa toda tenha algum sentido (ou pelo menos pareça ter), embora meus sentimentos nesse momento não tenham sentido algum. Aproveito também para me desculpar, por motivos tão obscuros para mim quanto para qualquer um que se proponha a ler isso, pelo material melancólico e depressivo não-intencional.

02:41
Na cama e completamente sem sono. Apesar disso não me preocupo, sinto que estarei melhor pela manhã, ainda que eu pense, escreva, pense, escreva, pense, ache que não vale a pena , escreva isso e acabe não dormindo nada.
Sou canhota, sabia? Mas chuto com a direita e, embora eu tenha descoberto que escrever com a esquerda e chutar com a direita não é um talento excepcional, compensei-me descobrindo que meu soco destro é muito bom. Não me pergunte como eu descobri isso porque aí eu serei obrigada a responder que foi quando eu quase quebrei meu próprio nariz com um taco de beisebol - acidentalmente - durante um acesso de fúria e descobri que socar as coisas era menos perigoso.
Tenho tido uns turbilhões de sensações estranhas misturadas com a aflição de não ter o controle das coisas, juntamente com uma euforia feliz/desesperada que insiste em tirar meu sono, me deixar chateada e me fazer morrer de medo do meu irracionalismo.
Dia desses comentei com alguém  o quanto é difícil pra mim agir como uma mocinha crescida. Penso que o mundo exige isso de todos ainda que não estejamos preparados e penso também que isso fabrica "trintões" frustrados. Anyway, economizo adultescência agora pra tentar ser uma "trintona" esclarecida e satisfeita. Não tenho a menor pressa pelo amanhã e não vivo cada dia como se fosse o último, como a maioria gosta de fazer (ou pelo menos fingir que faz). Prefiro pensar que tenho sempre o amanhã e o depois de amanhã, caso o hoje não seja suficiente ou caso eu esteja com muita preguiça.

03:56
Seria muita "xenxelência" minha publicar esse texto?
Não sei. Não tenho pressa em torná-lo público, mas tenho pressa que alguém o leia.




não continua...

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