6.02.2009

12HDSPN

Aí então você deve estar se perguntando que diabos é o título desta postagem.
Não é um elemento químico, nem uma nova epidemia. Mas, assim como química, não é tão fácil de se entender; e assim como uma epidemia, não é fácil de se conter.
É algo que, a princípio, pode parecer bem simples, mas que atrapalha bastante - é quase um vício - e requer um (des)preparo bem grande.

São 12 horas de sono por noite [noite nada, é metade da noite e metade do dia]. Sim, 12 horas.
Pros mais cansados, aqueles que têm um dia a dia mais agitado, trabalham muito etc, 12 horas de sono soam como harpas celestiais. Pode até ser, mas experimenta passar meses assim...
Eu adoro dormir, confesso. O problema é que eu comecei a acordar extremamente cansada e sem fôlego, com os ombros tensos, a lombar a ponto de explodir, as olheiras penduradas de forma que, mais dia, menos dia, eu arranco elas, coloco num arame com dentes de animais mortos e faço um par de brincos no melhor estilo tribal africano.
Pode também parecer vadiagem minha, mas não é. Tudo bem que meu dia não é muito cansativo, mas também não é ocioso.
Estou viciada em dormir. E acordo laricada.

Meu sono é leve, então eu desenvolvi uma capacidade de tampar meus olhos e ouvidos e sair completamente do mundo enquanto durmo. Nem a luz das janelas do quarto, nem o barulho da rua e do corredor e nem a movimentação das minhas irmãs e mãe pelo quarto me tiram de dentro do meu sono. Eu quase posso chamá-lo de coma.
Acordar é sempre igual: abre os olhos e pensa "Merda! Mais um dia idiota nesse mundo idiota com essa vida idiota, sem dinheiro, sem liberdade, sem sossego, sem pessoas boas, sem uma família normal. Pra que eu acordei?"
E perguntem se eu consigo dormir 8 horas por noite. Eu acordo tão mal que parece que cheguei da balada e dormi 10 minutos pra trabalhar numa construção no dia seguinte.

Oito hoje, pra quem sofria de insônia há uns anos atrás, é um número miserável pra horas de sono.
E sim, eu também sei que tô acabando com a minha saúde.